quarta-feira, 18 de novembro de 2009

3.Principais ações econômicas

O mandato de Juscelino Kubitschek ficou conhecido como o mais expressivo crescimento da economia brasileira. O lema usado foi "Cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo".
Para cumprir as promessas, foi elaborado o Plano de Metas, que tinha como objetivo um acelerado crescimento econômico a partir da expansão do setor industrial, com investimentos na produção de aço, alumínio, metais não-ferrosos, cimento, papel e celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico.
Para isso dar certo, JK apoiou a entrada de multinacionais e transnacionais para o Brasil. Como conseqüência, houve um agravamento na inflação, fazendo com que a abertura da economia ao capital estrangeiro gerasse uma desnacionalização econômica, porque estas empresas passaram a controlar setores industriais da economia do Brasil.
Sendo governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek queria modificar as bases econômicas do estado, que eram agrícolas, transformando-as em urbanas e industrializadas. Investindo em energia e transportes. Por isso, desenvolveu construções de importantes usinas hidrelétricas. Também procedeu à organização das Centrais Elétricas de Minas Gerais, a Cemig, que se expandiu como empresa modelo do setor hidrelétrico nacional. Na área da siderurgia, apoiou a implantação da Manesmann. Ele construiu 20 mil km de estradas e pavimentou mais 5 mil para atrair multinacionais para o país.

Mas, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente que sofreu muitas críticas e acirrou o debate em torno da política desenvolvimentista.
O presidente tratou também de atender reivindicações específicas da corporação militar, no plano dos vencimentos e de equipamento. Tentou manter, tanto quanto possível, o movimento sindical sob controle. Além disso, acentuou-se a tendência de indicar militares para postos governamentais estratégicos. Fora criado também a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), destinado a promover o planejamento da expansão industrial do Nordeste.
Portanto, no governo de Juscelino Kubitschek ocorreu uma definição nacional-desenvolvimentista de política econômica. Promoveu-se uma ampla atividade do Estado tanto no setor de infra-estrutura como no incentivo direto à industrialização, mas assumiu também abertamente a necessidade de atrair capitais estrangeiros, concedendo-lhes inclusive grandes facilidades. Esta expressão, nacional-desenvolvimentismo, em vez de nacionalismo, sintetiza uma política econômica que tratava de combinar o Estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro para promover o desenvolvimento, com ênfase na industrialização.
Contudo, o governo de JK estava mais voltado para o incentivo à indústria automobilística do que para as carências e necessidades da população.
No Plano de Metas, o desenvolvimento industrial estava centrado na produção de veículos, principalmente automóveis. A indústria automobilística foi a grande
alavanca que impulsionou a industrialização brasileira nos anos 50 e 60.








Charge faz crítica à política industrial de JK, jornal Ultima Hora, 15 de dezembro de 1956









Referência: http://www.brazil-brasil.com/content/view/81/112/
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/uma_modernizacao_conservadora_imprimir.html Livro: história do Brasil – Boris Fausto